quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Energia para que?! (aranan)

As “bebidas energéticas” foram criadas para ajudar as pessoas que se submetem a um grande esforço físico, com perda de líquidos e outros nutrientes. Elas têm por finalidade estimular o cérebro, repondo algumas substâncias perdidas na atividade, ou para pessoas em “coma de estresse”, que necessitam da mesma ajuda.

Tem sido comum encontrar pessoas misturando os “energéticos” com bebidas alcoólicas para obterem sensações especiais. O consumo dessas bebidas como se fossem refrigerantes e refrescantes também tem sido amplamente utilizado. Tenho visto, em supermercados, pessoas comprando grande quantidade de latinhas dessas bebidas.

Creio que toda criação tem a intenção de ajuda e melhora na qualidade de vida, sem dúvidas. Acontece que o capitalismo recebe como adjetivo a palavra “selvagem” quando o faturamento de uma empresa desconsidera a vida humana. Seria redundante falar sobre tais atos.

Tenho contato com indivíduos enfartados pelo uso simples e em mistura com tais bebidas. No caso mais recente o indivíduo tem 23 anos de idade, que após passar a noite em uma boate consumindo uísque com “energéticos” conquistou um enfarto na manhã do dia seguinte, no horário de comando do Zang (órgão) Coração, segundo a medicina tradicional chinesa entre 11 e 13 horas.

Uma lata de 250ml. tem em média a seguinte composição: Açúcar 20gr. + Taurina 1gr. + Glucuronolactona 600mg. + Cafeína 80mg. + Vitaminas do Complexo B + outros componentes que variam de acordo com a marca do produto.

Pelo seu uso indevido, a Dinamarca e a França proibiram sua utilização em seus territórios, apelidando essas bebidas de “coquetel da morte”. http://www.afssa.fr

A “glucuronolactona” é um produto químico considerado perigoso e foi desenvolvido pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos, durante os anos 60 para estimular a moral das tropas americanas no Vietnam. Seus efeitos eram parecidos com o de uma droga alucinógena, que acalmava o stress da guerra. Entretanto os efeitos no organismo dos soldados foram devastadores - alto índice de casos de enxaquecas, tumores cerebrais e doenças do fígado. Os efeitos a médio e longo prazo, da glucuronolactona no organismo humano, ainda estão sendo estudados por especialistas do mundo todo.

Segundo o pesquisador Sionaldo Eduardo Ferreira, da Universidade Federal de São Paulo, que estudou os efeitos dos energéticos, o aviso para evitar a mistura deles com álcool está impresso nas embalagens, mas é assim que 76% das pessoas os consomem. É comum em qualquer balada encontrar drinques assim. E por que caem tão bem? Os energéticos aumentam a sensação de prazer proporcionada pelo álcool. Só que diminuem a percepção do estado de embriaguez. Pior ainda é misturar os energéticos com vasodilatadores como Viagra ou Cialis e com drogas como cocaína, ecstasy e anfetaminas – todas, assim como as bebidas, estimulantes do sistema nervoso.

O uso constante dessas bebidas pode provocar uma série de doenças nervosas e neurais irreversíveis. Elas não são para uso regular. Sua mistura com o álcool transforma a bebida numa “bomba” que ataca diretamente o fígado, levando a zona afetada a incapacidade de se regenerar. Ao tomá-los não faça exercícios físicos, já que a sua função energizante acelera o ritmo cardíaco, o que pode provocar um enfarte fulminante. Há risco de sofrer uma hemorragia cerebral, porque os componentes afinam o sangue para que fique mais fácil ao coração fazer o bombeamento.

Penso que, quando estamos nos sentindo enfraquecidos e/ou desenergizados, devemos procurar ajuda de um profissional da área da saúde. Tanto na medicina ortodoxa quanto na naturalista, existem várias técnicas e medicamentos para ajudar-nos a repor energias despendidas com o cotidiano. Na sua grande maioria, são simples e de baixo custo esses tratamentos, sem levar em consideração o risco zero de complicações.

Precisamos de energia para viver, para morrer... humm... nem tanto!





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