sexta-feira, 4 de abril de 2014

O bom e velho Sexo... (sexuality - sexualité - cinsellik)


Os valores de uma sociedade fraca são fracos também, não poderia ser diferente. Numa cultura onde os componentes da sobrevivência são descartados de maneira equivocada a felicidade fica à disposição do acaso. A má compreensão da sorte humana determina os quilates atribuídos ao nível da satisfação individual.

O sexo, por exemplo, é um assunto que sempre causa desconforto na nossa cultura, especialmente quando estamos falando da sexualidade em idades mais avançadas. Sugere o conceito popular, estranhamente, que a sexualidade se torna falível através das décadas de vivência pessoal.

Na prática cotidiana não é isso que encontramos quando conseguimos um desabafo sincero e objetivo de um indivíduo adulto maduro que discorre sobre seus quinhões de felicidade. Invariavelmente a sexualidade está contida nos seus planos e desejos de realização e satisfação. A tensão sexual positiva que se coloca sobre os jovens é a mesma tensão sexual negativa que se coloca sobre os indivíduos maduros. Aceitar e apoiar a fisiologia sexual adolescente é tão resistente quanto condenar a fisiologia sexual maturescente.

Transcorrer pelas décadas torna o indivíduo mais experiente e mais experimentado, gerando assim a sabedoria necessária para administrar seus conflitos e determinar seus objetivos, quase sempre. Com relação à sexualidade não poderia ser diferente. Conhecendo mais sobre seu corpo e do seu parceiro(a), seus impulsos, limites, fragilidades, caminhos, o indivíduo torna-se mais completo também para a prática sexual e, é exatamente nas faixas etárias mais adultas que essa sabedoria tem a oportunidade de se revelar, quando lhes é permitido.

Sexo é identificado com a reprodução, atratividade jovem e poder. Até mesmo as pessoas de meia-idade não querem enfrentar a inevitabilidade de envelhecerem, temerosas de se tornarem reféns do silêncio algoz que paira sobre a sexualidade madura. Conviver com pessoas bem vivenciadas é sempre um prazer e suas boas vivências se estendem à sexualidade, apresentando o traquejo necessário para a convivência íntima.

A suposição generalizada de que os idosos perdem o interesse em sexo e são, ou deveriam ser assexuados, é errônea. Mais falsa se torna essa afirmativa quando ela é direcionada ao gênero feminino. As mulheres maduras são tão voluptuosas quanto os homens maduros, mas ficam aprisionadas na masmorra da crítica dos comuns, trocando sempre o que é sensual pelo que é censual.

# "Não há limite de idade para a sexualidade e atividade sexual”, relata Stephanie A. Sanders, PhD, diretor associado do grupo de pesquisa sexual do Instituto Kinsey. “Relatórios mostram que a maioria dos homens e mulheres entre 50 e 80 anos de idade ainda estão entusiasmados com sexo e intimidade”.

# "Usá-lo ou perdê-lo”, diz o especialista em geriatria Walter M. Bortz, autor de vários estudos sobre a sexualidade dos idosos. Dr. Bortz, professor da Escola de Medicina de Stanford, é ex-presidente da Sociedade Americana de Geriatria e ex-co-presidente da Força-Tarefa da Associação Médica Americana sobre Envelhecimento. Diz ele: "Se você tem interesse em se manter saudável, fique longe de medicamentos e tenha um bom companheiro(a), então você pode ter um bom sexo por todo o caminho até o fim da vida. Embora nem todo mundo queira ou precise de uma vida sexual ativa, muitas pessoas continuam a ser sexuais durante toda a vida. É uma questão de sobrevivência. As pessoas que fazem sexo vivem mais tempo e quanto mais íntima a conexão, mais poderosos são seus efeitos." Um estudo da Universidade Duke mostra que cerca de 20% das pessoas com mais de 65 anos têm vidas sexuais que são melhores do que nunca.

Embora o sexo seja tratado com uma questão moral, ele está dentro da classe das necessidades fisiológicas, assim como a alimentação, evacuação, o sono, a micção, respiração. É necessária sua prática para que desfrutemos das benesses trazidas com sua freqüência. Tal qual seus colegas de classe, ele - o sexo – é fundamental para a saúde física, mental e espiritual.

Se todos nós vamos envelhecer, ou melhor, quase todos nós, pois alguns não conseguiram vencer todas as etapas, permitamos então que nossos pais, avós e entes queridos e mais vivenciados possam desfrutar de uma vida plena de satisfação e felicidade.


# HealthDay – News for Healthier Living – By Loren Stein, MA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário