domingo, 25 de maio de 2014

Querida... que temos para comer?!


A confiabilidade que podemos ter nos alimentos que nos são fornecidos está, a cada dia, mais comprometida. Felizmente os órgãos responsáveis por essas questões estão divulgando suas pesquisas e nos alertando sobre os perigos contidos na falta de informação.

Lembro-me que na década de 90 eu sugeria, para as mulheres, comerem muito morango, devido às suas propriedades preventivas sobre o câncer, especialmente o feminino. Certo dia, depois de assistir na televisão, um documentário sobre as plantações de morango passei a reverter todas as informações que eu havia passado anteriormente. Fiquei muito impressionado, mal impressionado, ao assistir os relatos dos fazendeiros dizendo que nem eles mesmos consumiam as frutas que plantavam. Assustador.

Mais assustador ainda era perceber a tranqüilidade com que tudo isso era dito. Não havia nenhuma preocupação com possíveis punições. Era uma declaração na televisão, em cadeia nacional, e em uma emissora da maior visibilidade. Parecia com algo que vemos atualmente quando alguns políticos são detidos pela polícia federal e ainda levantam os braços, como que comemorando o paraíso da “impunibilidade”.

Como atuo com técnicas das medicinas naturalistas, tenho o hábito de aconselhar alimentos naturais, em vez de alimentos industrializados. Até bem pouco tempo isso me parecia uma boa sugestão na prevenção de doenças e desequilíbrios. Porém, acompanhando as matérias que tratam de alimentos, tenho recuado nos conceitos naturais de alimentação e permanecido sem nenhuma sugestão, tendo em vista tudo que vem surgindo sobre os alimentos, ditos até então, como saudáveis.

Hoje, no período da tarde, assisti uma parte de um programa de televisão onde apresentavam o perigo contido nos sucos em lata ou “de caixinha”. Falaram também sobre os iogurtes, mas não assisti todo esse tema. Foi apresentado que duas latas de refrigerantes possuíam 5 colheres de açucares e duas latas de suco natural possuíam 7 colheres de açucares. Foi demonstrado também sobre a química que dá cor aos iogurtes.

Querendo buscar a veracidade sobre esses fatos, fui pesquisar e encontrei uma pequena matéria no portal NOTICIAS.R7 escrita por Renan Ramalho do PORTAL R7 de Brasília, demonstrando alguns fatos e sugerindo uma visita ao portal da ANVISA, onde pode ser encontrada toda a matéria. Copio a matéria na íntegra e a apresento agora:

“Em média, os sucos vendidos em caixinha têm mais açúcar do que os refrigerantes. Dependendo da marca, um suco de uva, por exemplo, pode ter até 70% a mais de açúcar do que um guaraná.
Essa é uma das conclusões de um estudo divulgado nesta quinta-feira (18) pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que comparou a quantidade de açúcares, sódio e gorduras em diversos alimentos industrializados de várias marcas.
Na média, os refrigerantes de cola ou guaraná apresentam um teor de açúcar de 10 g em um copinho de 100 ml. Os sucos, entre 11 g e 11,7 g, em média, dentro do mesmo recipiente. As diferenças maiores, porém, foram detectadas na comparação entre marcas e sabores.
         Foi constatado, por exemplo, que entre os sucos com concentração de polpa entre 30% e 50%, o de manga é o que tem menor quantidade de açúcar: foi detectado uma concentração de 9,8 g por 100 ml. No mesmo tipo de suco, sabor uva, o teor de açúcar era de 14,5 g.
O néctar, tipo de suco com concentração de polpa menor (entre 20% e 30%) apresentaram, em média, quantidade de açúcar menor (11g, contra 11,7g dos sucos mais concentrados).
Neste caso, também houve diferença entre marcas e sabores. Os de laranja, maçã e pêssego, por exemplo, tinham média de 11 g de açúcar por 100 ml. Os de uva, novamente, tinham mais, 14g/100 ml.
Nos refrigerantes, também há variação de açúcar dependendo da marca. Entre quatro fabricantes de guaraná, por exemplo, houve uma marca que registrou 8,5 g de açúcar em 100 ml analisados, o menor valor. Outra marca, apresentou 11,3g/100ml, a maior concentração.
O estudo completo está disponível no site da agência.” Por Renan Ramalho.

Perante informações deste tipo, embora raras, podemos ficar na dúvida se é melhor bebermos um enlatado ou tomar um “suquinho natural”. É óbvio que o mesmo acontece com os outros vários tipos de alimentos que nos são oferecidos, não é somente o açúcar o vilão desses alimentos, mas não são divulgados devido à proteção orçamentária dos divulgadores.

Estão sendo apresentados alimentos chamados de “orgânicos” e não sabemos se o são realmente, pois ainda não há um acompanhamento sobre a veracidade das informações oferecidas pelos produtores, e se há, talvez não chegue aos nossos ouvidos.

Sendo assim, não é de se assustar mais, infelizmente, quando nos deparamos com uma intoxicação alimentar e descobrimos que a vítima só se alimentou de “produtos naturais”.


- Bom apetite!

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