Nas concepções espiritualistas acredita-se que, tudo que nos aparece e nos envolve permanecerá, até que possamos entender o motivo da sua chegada e estejamos prontos para aprender com sua saída.
Por isso, comumente, somos pegos retidos sob causticação mental, sobretudo quando estamos tentando dar significado para algum evento em nossas vidas. Aprendemos que o que vemos não é o que vemos. Estranho, mas verdadeiro. Desenvolvemos muita curiosidade e procuramos ver tudo e saber sobre tudo, mas quando nos é apresentado algo, preferimos não identificar o que acabamos de ver.
Quando alguém nos diz alguma coisa, perguntamos:
- O que você quis dizer quando disse o que disse?
Com certeza, foi desejado dizer o que foi dito, basta. Aprendemos também a não dar importância às palavras, embora gostemos de ouvir, sempre.
Acho interessante o fascínio que, nós ocidentais, mantemos sobre o oculto, o místico. Há algo mais místico que o Vento?! No entanto nunca o percebemos. Estamos sempre à margem da verdade que nos é apresentada.
Recentemente, relendo um alfarrábio, reencontrei-me com as “4 leis básicas da espiritualidade indiana”. É muito importante desenvolvermos a simplicidade, que em nosso mundo bastante materializado é quase traduzida por submissão. Com o intuito de objetivar nossa caminhada, vou citá-las.
A Primeira Lei diz:
"A pessoa que chega é a pessoa certa".
Significa que nada ocorre em nossas vidas por casualidade. Todas as pessoas que nos rodeiam, que interagem conosco, estão ali por uma razão, para que possamos aprender e evoluir em cada situação.
A Segunda Lei diz:
"O que aconteceu é a única coisa que poderia ter acontecido".
Nada, absolutamente nada, que ocorre em nossas vidas poderia ter sido de outra maneira. Nem mesmo o detalhe mais insignificante! Não existe: "se acontecesse tal coisa, talvez pudesse ter sido diferente...". Não! O que ocorreu foi a única coisa que poderia ter ocorrido e teve que ser assim para que pudéssemos aprender essa lição e então seguir adiante. Todas e cada uma das situações que ocorrem em nossas vidas são perfeitas, mesmo que nossa mente e nosso ego resistam em aceitá-las.
A Terceira Lei diz:
"Qualquer momento que algo se inicia, é o momento certo".
Tudo começa num momento determinado. Nem antes, nem depois! Quando estamos preparados para que algo novo aconteça em nossas vidas, então será aí que terá início!
A Quarta e Última Lei diz:
"Quando algo termina, termina!"
Simplesmente assim! Se algo terminou em nossas vidas, é para nossa evolução! Portanto é melhor desapegar, erguer a cabeça e seguir adiante, enriquecidos com mais essa experiência!
Chega porque tem que chegar.
ResponderExcluirAcontece porque tem que acontecer.
Começa porque tem que começar.
Termina porque tem que terminar.
E mesmo nós humanos sabendo que a vida é assim:
Sonhamos com a chegada.
Somos felizes com os acontecimentos.
Amamos o começo.
E choramos quando termina.
E só mais além, vemos o sentido das lágrimas.
Olá Anônimo... obrigado pelo comentário, aliás, um lindo poema inteligente e versátil. Ruim é quando percebemos o começo do fim, pior ainda quando o fim está bem no começo. Volte sempre.
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