sexta-feira, 23 de julho de 2010

PERGUNTA IMPENSADA SE RESPONDE COM PERGUNTA...

... durante todos os dias e o dia inteiro recebo notícias das mais atrozes ações do homem. Coisas inimagináveis por mim.

Pessoas utilizam seus poderes causando muita destruição, humilhação, miséria mesmo. Homens com autoridade popular e/ou governamental realizando prodígios desastrosos dentro da sala de espera da alma humana. Creio que se eu pudesse voltar no tempo (por pouco tempo), somente para contar aos meus avôs o que ouvi no noticiário, seria motivo de internação psiquiátrica. Acreditariam que meu caso é para internação imediata... o netinho pirou de vez, como ele conseguiu inventar uma história dessa?!

Voltando para o aqui e agora, me encontro com milhões de casos de assassinato. Estupro é coisa comum, ninguém se toca com a violação. Estupro para ofender a alguém precisa ser em criança com, no máximo, seis meses de idade. Ouço comentários do tipo: “...- ela tinha jeito de safada mesmo, que papo é esse de estupro.” Basta que você ande pelas ruas com ouvidos atentos.

Quando se ouve falar de roubos e assaltos, ouve-se também: “ -... que nada... foi só isso, ainda bem.” Desvio de verbas em empresas particulares, estatais... isso não é crime, pelo contrario, é bobo quem não faz.

Estamos vivendo em uma época sem referencial para o bem. Recentemente, ao sair de um restaurante com minhas roupas quentinhas e minha barriga recheada de calorias, deparei-me com um mendigo deitado na praça em frente. Um concidadão que saia do restaurante ao meu lado, interpelou-me e disse: “ -... olha só, que vagabundo. Não tem vergonha de estar deitado assim, escarrapachado, na praça.” Só não consegui distinguir em qual dos dois concidadãos o hálito etílico estava mais forte, muito menos por quem a minha vergonha estremecia.

Vivemos perdidos entre as drogas ilícitas, e porque não as lícitas também?! Andam precisando de algo que traga ao espírito a revelação da consciência. Elucidar-se, jamais... não é mesmo?!

Bem... o que me trás a esse texto foi uma pergunta que recebo com freqüência: “ Você acha que o mundo vai acabar em 2012?”

Tentando imitar aos orientais, respondo a pergunta com outra pergunta: O que é o final do mundo para você?
Se lidar de maneira insensível com tudo isso que está acontecendo não for o final do mundo, que será então?! Acho que precisamos resignificar a palavra catástrofe.

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