sábado, 31 de julho de 2010

Um pouco de Taoísmo...

O homem entediado com seu destino prefere experimentar a ilusão. Tornando-se alheio ao conhecimento de si mesmo, se perde na fantasia da falsa mente, prefere a erudição intelectual ao auto conhecimento. Ele se entrega à fama.

A prova de que um homem se arrima com firmeza reside no fato do seu destemor. Um bravo guerreiro se arremete sozinho no meio de novos exércitos. O mestre se desponta pelo louvor dos que se tornaram seus discípulos, sem que ele percebesse. Sua visão se perde no meio dos comuns, pois assim ele se vê e, sem querer, está elevado por ser o mais comum dentre os comuns.

Os homens não se espelham em águas correntes, espelham-se em água parada. Só o que é tranqüilo pode tranqüilizar a tranqüilidade de outras pessoas. Os que mantêm os pés nos chão recebem vida da terra, como o cipreste e o pinho, por isso permanecem verdes no inverno e no verão.

O Medo e o Destino, dois grandes mestres, expressam suas retóricas com o nascer do sol. O mestre de si mesmo procura viver em torno de homens dignos para ficar livre das falhas. Sem iniciação não haverá encontro com o Sol, o Medo e o Destino. Embora sua preferência seja o caminhar sozinho, acumula no vácuo da sua jornada o consentimento do próprio destino.

Lança um olhar à sua virtude e vê se ela não é suficiente para te dar motivos para refletir. Nada há que o céu não cubra, nada há que a terra não suporte. Assine a sua fala e não precisará fugir do destino.

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