terça-feira, 11 de janeiro de 2011

`.` Que devemos parar de fazer? (lejlighed)

Feliz Novo Ano!

Chegou 2011, aí está ele com sua quaternária função, inconfundível.
Todo início de ano fazemos novos planos, revisamos planos antigos, um processo de realimentação mental. Precisamos ter objetivos para conduzir nosso cotidiano, estamos sempre delineando novos horizontes.

Relacionamos uma série de projetos e metas a serem cumpridos. Precisamos fazer isso, fazer aquilo, fazer aquilo outro, e por aí vai. - Não vou chegar ao final desse ano sem fazer aquilo assim-assim. Sempre a mesma. Acontece que quando fazemos a lista do que desejamos realizar, nos esquecemos que o dia só tem 24 horas, o ano só tem 12 meses, e principalmente que, não somos a determinante do caminho.

Quase nunca paramos para determinar algo sob uma realidade verdadeira, ficamos somente na realidade mental, que tem outro tempo, pois faz parte somente do imaginário. Por isso, chegando ao final do ano, nos encontramos meio que frustrados com muita coisa, com uma leve sensação de incompetência, ou ainda, que o tempo está passando muito rapidamente. Quase nada foi realizado.

Se olharmos para trás, veremos que as coisas sempre aconteceram como tinha que ser e não como pensávamos que deveria ser. É assim mesmo... Maktub, assim diziam meus árabes ancestrais. Temos uma doce ilusão que estamos no comando da Nave-Mãe. Imagino que ainda não percebemos o Espaço que nos é reservado para nossas decisões, ele está na raia limítrofe que separa a Mente da Não-Mente.

Sábios milenares acreditam que, ao contrário de definir o que vamos fazer na nova etapa, deveríamos definir o que “não vamos fazer”.

Realinhar posturas comportamentais e emocionais, desligarmo-nos de condutas autodestrutivas, desapegarmo-nos de pensamentos e posicionamentos que não condizem com a nova ordem terrestre. Questionarmos o egocentrismo e o sociocentrismo, enfim desativar a “fake mind” que é a causadora das duras paixões humanas. Trabalhar nossa vaidade para o resultado da nossa ação, em vez de, deixá-la adormecer em nosso peito no leito do “Eu Sou”. “Eu Fiz” é um bom lugar para descansar. Faça, ou melhor, desfaça-se para um bom ano.

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