Explosões
de mau humor, impaciência e intolerância são algumas das manifestações mais
comuns em nossa era. Tornou-se óbvio que representações nocivas do humor sejam
apresentadas e distribuídas no decorrer do dia e dos relacionamentos, como algo
padrão, normal. Quase não nos assustamos mais com o comportamento irritadiço
nas relações interpessoais, quer sejam no ambiente doméstico ou profissional.
Nas áreas coletivas e comuns, nem se fala.
É
verdade que a superação das metas pessoais ainda é difícil para alguns
indivíduos. Em determinadas vezes percebemos que a meta estabelecida é maior
que a capacidade mental de superação da mesma.
Para
ajudar-me na exemplificação quero mencionar metas comerciais. Quando uma
empresa estabelece metas a serem cumpridas maiores que seu departamento
suporta, essa empresa torna-se seu próprio algoz. Nesse momento inicia-se um
grande movimento interno para culpar equipes, qualidade de produtos, concorrentes ou algum
indivíduo em particular. Assim como na vida, a empresa, na pessoa do seu
proprietário, vem a ser o único responsável por todo o fracasso, haja vista que
foi ele quem selecionou, treinou e administrou suas equipes... Ah, foi ele
também quem estabeleceu as metas... Não há quem culpar verdadeiramente, senão a
nós mesmos, pois somos os únicos proprietários das nossas vidas.
Nas
questões individuais, percebo que as pessoas estão estabelecendo metas muito
superiores as suas capacidades física, mental e psíquica. Sendo levados pela “grande
onda”, as pessoas vão determinando necessidades que nunca foram ou nunca seriam
consideradas necessidades caso elas refletissem sobre suas próprias vidas.
Quando
alguns indivíduos se deparam com os sintomas das suas limitações eles reagem de
maneira agressiva, disforme. Para todos que não refletem só resta iniciar a
caça ao culpado, pois alguém terá que ser o culpado da meta não abatida, menos
ele mesmo. Essa percepção pode ser chamada de irritabilidade.
A irritabilidade
tem muitas causas como o desequilíbrio de algumas substâncias do cérebro, dieta
rica em proteína animal, má função energética do fígado, prisão de ventre, má sonorização,
iluminação ineficiente ou inadequada, dentre outros vários fatores que serão identificados
e corrigidos com ajuda de um profissional da saúde.
Todavia,
existe um fator muito comum que vem sendo esquecido, talvez por ser muito comum
e as coisas comuns não têm valor para a turma que acompanha a “grande onda”.
Refiro-me a falta de conhecimento da lei de causa-efeito. O não
conhecimento dessa lei ou a rebelde e infantil atitude de ignorá-la só irá nós
levar ao sofrimento mental.
Viver
permitindo que o “outro” determine o que lhe falta e o que lhe convém é o
melhor caminho para as frustrações e fracassos. Vivendo dessa maneira criamos
uma imagem irreal do que somos e do nosso mundo e quando nos deparamos com a
realidade ficamos irritados, no mínimo.
As
filosofias orientais dizem que ninguém tem capacidade para nos ofender, nos
irritar ou nos magoar. Nós é que nos sentimos ofendidos, irritados ou magoados,
e isso sempre acontece quando não refletimos antes de determinar nossas metas
ou quando as determinamos em patamares distantes da nossa real capacidade.
Podemos
também achar que tudo isso é sofisma, porém deveremos preparar o bolso para uma
farta quantidade de medicamentos. Afinal, tomar uma pílula é mais fácil que
tomar uma decisão.
Nos dias de hoje confundimos desejos com necessidades. Conformamos pequenas situações em grandes problemas. A futilidade acompanha o capitalismo
ResponderExcluirÉ isso aí caríssimo Douglas. O capitalismo não consegue sobreviver sem sua verve selvagem, mas aqui se compra, aqui se paga. Obrigado pela visita!
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