segunda-feira, 23 de abril de 2012

Nocauteando o Estresse... (stress - relax - malstreĉiĝo)

Quando assistimos esportes de lutas com técnicas ocidentais, fica claro o efeito do treinamento de sempre caminhar somente para frente, permitir ser golpeado, suportar as agressões sem se esquivar. Já nas técnicas orientais de combate, a esquiva e a flexibilidade são pontos primordiais para a vitória do embate. O permanente movimento é importante para não se tornar alvo fixo. A finta (drible) é a suprema estratégia e o recuo é a oportunidade de recuperação do fôlego, após ser atingido. Agindo assim o lutador consegue manter-se energizado e aumenta suas possibilidades de êxito no combate.

Em uma analogia entre o combate físico esportivo e a “luta pela sobrevivência”, o cotidiano, podemos assimilar técnicas orientais de combate, onde treinaremos nossa mente para conquistar nossos objetivos, saindo do combate com o menor desgaste, para que possamos enfrentar outra batalha logo adiante.

Tenho ouvido algumas pessoas dizerem, com orgulho, que não conseguem se relaxar. Noutros momentos encontro pessoas que não se permitem conviver com o prazer. Conseguem fazer tudo para todos, mas não conseguem encontrar um momento onde possam dedicar somente ao seu contentamento.

Na analogia com os combates marciais, a música, a arte, a poesia, são as “esquivas” necessárias para o espírito retomar ao seu estado de maior vigor. Mesclando nossa agenda diária com trabalho e o prazer conseguiremos conquistar nossos objetivos com o menor desgaste.

Levar uma maquina fotográfica dentro da pasta, durante o dia, para registrar paisagens, pessoas, situações interessantes e engraçadas, faz o peso do dia ser menor. Quase todos têm aparelhos telefônicos portáteis e todos os aparelhos possuem câmeras fotográficas.

Dedicar-se ao estudo e/ou apreciação de um estilo musical ou um compositor, e manter no carro discos (ou USB´s) que contenham esse material para ser ouvido e estudado durante a “hora do rush”, destrói todas as possibilidades de ouvir as buzinas e sufocar-se com os motoristas do século 21. Essa mesma técnica pode ser utilizada para aprender, ou praticar, um idioma.

Chegar em casa e antes de conversar com a família, tirar toda a roupa, deitar com os membros esticados em formato de estrela e fazer 10 minutos de respiração profunda e suave, acaba com 80% dos entraves do relacionamento familiar.

Manter no escritório um material para desenho ou pintura, para ser utilizado enquanto aguarda “a reposta definitiva de algum negócio”, não permite que a ansiedade brinque com o seu destino. Quem sabe um karaokê no pc?!

Costumo ver pessoas saindo do trabalho e dizendo que vão para a “happy hour”, ou seja, vão para um bar se encher de álcool, comer frituras e ficar ouvindo a frustração dos colegas e melando seus egos. Questiono se isso seria mesmo uma “happy hour” ou uma “unhappy hour”. Poderia conectar-se ao youtube e assistir uma “comédia stand-up” sem custo e desopilar o fígado, ao contrario da opção anterior.

Enfim, existem múltiplas fintas e esquivas para a batalha diária, resta-nos fazer as devidas opções para que estejamos coerentes com a nossa definição de felicidade. Nada vale chegar ao ápice das nossas conquistas financeiras e dedicar todo o acumulado com remédios e cirurgias, ou ainda, trocar nosso “carrão” por uma cadeira de rodas.

Isso vale para as pessoas que são conectadas no .feliz.br  ...já não é possível para os que fazem parte de outro domínio.

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