domingo, 6 de maio de 2012

Um Trem de loucos... (gan - nodule - compagnon)

Nós estamos vivendo diante de um cenário em que o planeta nos coloca onde nenhum outro Ser Humano jamais experimentou.  Esse momento é o nosso cotidiano, a lida no século 21. É um Tempo em que se exige sabedoria, paciência, competência, inteligência, persistência, força espiritual e uma mente treinada com poder de enfrentamento.

Imagino que nunca antes foi preciso uma combinação tão delicadamente precisa e, ao mesmo tempo, brutalmente eficaz. Valores que anteriormente eram fundamentais, hoje nem conhecidos são. Temas do desenvolvimento moral se perderam na história como fumaça ao vento. O acerto e o erro se uniram como café com leite, nem se sabe mais quem é quem.

Com a eletrônica acelerada foi possível desenvolver novos exames para o corpo e preparar novos medicamentos inimagináveis até duas décadas passadas. Tornou-se mister o fortalecimento do corpo, o aumento da massa muscular e da longevidade. Nunca antes o envólucro foi mais importante que o presente. quicá o laço. O culto ao externo, ao exterior, está no seu apogeu. A nano tecnologia elevou a máquina e partiu o espírito a nano pedaços.

Em algum momento da caminhada foi retirado o capítulo da integridade da alma e o rítmo alterou o andamento. O processo de vida está insano ao ponto de não se perceber o modelo da loucura. A compulsividade deixou de ser relativa para ser regra básica e adoeceu a alma. Tudo é muito, tem que ser muito, sempre, a todo momento. A colher de chá deixou de ser medida para a vida. O conta-gotas foi morar no museu.

Sendo assim, estamos convivendo com indivíduos muito adoecidos pelo processo atual de incompatibilidade humana, sem que haja a mínima percepção desse fato. Não o percebe o convivente e nem o convivido. Mesmo com a sábia natureza, ainda que combalida, tentando nos ensinar alguns truques de sobrevivência, ignoramos suas lições dando-lhe a paga do desprezo.

Não é mais necessário aprender, basta graduar. Não existem mais Mestres, mas nem precisa, porque todos têm mestrado, ainda que o mundo continue precisando de resultados Positivos e as empresas solicitando por lucro. Não é preciso relacionar, a "telinha" nos faz companhia. "Coisa de pele", nem pensar. Temos o controle remoto para relar,esfregar.

Gostaria de comprar um controle eletrônico com os botões: Cortesia; Disciplina; Sutileza; Gentileza; Cumplicidade e Simplicidade. Vai que alguma multinacional nipônica visite meu Blog e faça um controle assim, daquele bem miudinhos e com musiquinha. Nem quero patente, já me basta.

Imagino que se não acontecer algo que afete nosso plano sensorial, ao ponto de um tsuname nas ondas cerebrais, perderemos a parada na estação que nos conduziu até aqui.
Encerrando à moda mineira... perderemos o "Trem da História" para ficar com a "História do Trem.

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