segunda-feira, 30 de maio de 2011

Eterno Bolèro... (assai - wanton - хостинг)

Maurice Ravel, em 1928, recebe da dançarina Ida Rubinstein a encomenda de compor uma obra musical para um balé em caráter espanhol. Ravel pensou poder arranjar alguns extratos de Iberia, um conjunto de peças para piano de Isaac Albéniz, mas ele não pôde obter os direitos de fazer como desejava, pois Albéniz havia dado os direitos de arranjo a seu pupilo Ferdinand Enrique Arbos. Em vez disso, Ravel compôs uma nova obra, Boléro. Essa obra acompanhou o balé de Ida Rubinstein e causou escândalo devido á sensualidade da coreografia.

Composta em moderato assai mantém um ritmo invariável e uma melodia uniforme, sem contudo perder o charme, a sensação de mudança é dada pela orquestração. Com um crescendo progressivo e uma curta modulação em mi maior próxima ao fim, mas retorna ao dó maior original faltando apenas oito compassos do final. Tornou-se uma obra mundialmente conhecida e querida, a qual considero a mais reflexiva peça musical clássica, juntamente com ària na 4ª corda sol de Bach.

Em sua noite de estréia na Austrália, em 2007, o simpático maestro Andrè Rieu eterniza a apresentação da sua orquestra com Ravel, Boléro. Vale relembrar.


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