O bebê nasce e vai evoluindo, isto é uma reação mais que natural para nossa espécie. Durante suas fases de crescimento seus criadores vão criando adaptações para esse processo. Suas roupas serão adaptadas ao seu crescimento, assim como seus alimentos devem estar de acordo com as novas necessidades do seu processo evolutivo. Os móveis e acessórios utilizados pela criança também sofrerão mudanças. Tudo isso acontece porque seus criadores estão cuidando da sua evolução e se preocupam até com o vocabulário que será empregado nas suas comunicações.
Quando esse indivíduo chega à idade adulta seus criadores, na maioria das vezes ele próprio, rompe o “cordão umbilical emocional” e esse ser começa a tomar suas próprias decisões, sempre de acordo com suas percepções da nova vida. É nesse momento que começam a despontar várias desarmonias, caso a sua criação não o tenha preparado para pensar, perceber e interagir com suas vivências. Nesse estágio da evolução pessoal ele está segurando o leme do seu destino sozinho.
Acontece que o meio ambiente, o habitat, em que um indivíduo sobrevive também evolui. Onde existir qualquer ser em evolução seu ambiente será evolutivo. Nossos atos, por mais singelos que pareçam, interferem mediatamente ao nosso redor. É exatamente por esse motivo que os pensadores sempre orientam-nos a tomar cuidados com nossas ações.
O homem vem aceitando imposições materialistas descabidas, submetendo-se ao processo de desumanização imposto pelo selvagem capitalismo. Mesmo assim se queixa dos acontecimentos ao seu redor, como se não fosse mera reação dos seus próprios atos. Facilmente percebemos isso quando o assunto é o trânsito urbano.
Décadas atrás tínhamos um automóvel por bairro. Mais um tempo e tínhamos um automóvel na rua em que morávamos. Depois passamos a ter um automóvel por família e agora estamos na época de um veiculo por pessoa, quase dois.
É muito bom que o homem tenha evoluído para mais esse conforto, que continue, mas é preciso começar a pensar e refletir sobre seus atos. Estacionam seus veículos em qualquer lugar, até mesmo nos proibidos por lei ou pela lógica. Se não pararem na porta, não pararam bem. Estacionar a 50 metros do seu endereço de destino é estacionar mal... e mau também.
Não se comportam como se estivessem em ambiente coletivo. Guiam como se estivessem andando dentro da sua casa, sem sinalização, não se preocupam com a velocidade necessária para o bom fluxo, não se mantêm nas faixas destinadas ao seu objetivo, causam verdadeira balburdia no trânsito e, agora vem o pior, se estressam com isso tudo. - Dá para entender?!
É, mais ou menos, como aquele indivíduo que prefere subornar tudo e a todos que o cercam e, nas conversas, reclama veementemente por viver em um país de corruptos. Quando pegamos uma carona com esse indivíduo percebemos sua maneira descontrolada de guiar pelas vias, e ao chegarmos ao nosso destino, o vemos passar a mão na testa e dizer: “-Não suporto esse trânsito!”
Por essas e outras que somos categorizados como Seres Racionais.
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