segunda-feira, 11 de julho de 2011

Espelho Transpassante... (praca - trabajo - liste)

De tempos em tempos, aparece uma onda de piadas específicas. Tem aquela época das do Pontinho... “O que é um pontinho fazendo não sei o que, não sei aonde? Teve aquele tempo também das piadas do... “o que é, o que é, que parece com isso assim-assim mas não é?”

Noutro dia, ouvi uma que interrogava da seguinte maneira: - O que é que tem tromba de elefante, orelha de elefante, rabo de elefante, pata de elefante, olhos de elefante, mas não é elefante? Resposta: Elefanta.

É bem nesse raciocínio que faço uma metáfora. Ora, o que pode ser alguma coisa que tem tudo que somente essa alguma coisa tem?! Claro que só pode ser a própria coisa.

Percebo pessoas chateadas por certos tratamentos pessoais que vêm recebendo. Esses indivíduos queixam-se de outras pessoas que criam adjetivos para eles, que eles próprios não concordam. Algo do tipo:

“- Lá em casa todos acham que eu sou preguiçoso.”
“- Lá no trabalho gozam minha cara falando que sou estabanado.”
“- A turma lá do clube não para de criar apelidos para mim, como se eu fosse pão-duro.”

... e por aí vai!

Acontece que, na maioria das vezes, nós não nos percebemos muito bem. Agimos e comportamos de uma determinada maneira que nem imaginamos a imagem que estamos criando. Nem sempre temos registro da nossa imagem como ela é realmente. É fácil ver isso acontecer quando alguém vê sua própria foto e diz: “- Que foto horrível, essa foto me engordou, eu não sou assim!” Isto acontece também quando ouvimos nossa voz gravada. “- Nosssssaaaa... que voz horrível... parece uma taquara rachada... que vocês fizeram com minha voz?” isto se dá porque ouvimos, aproximadamente, somente 20% do som que emitimos.

Por necessidade de sobrevivência, desenvolvemos uma defesa interna contra opiniões ao nosso respeito. Alguns mais, outros menos, mas sempre nos pegamos em susto quando nos deparamos com o que realmente somos e/ou fizemos. Mesmo quando o resultado do que fizemos é louvável, ainda assim assustamos.

A dura e crua verdade é que, se andam falando que somos alguma coisa, é porque estamos sendo ou agindo como aquela alguma coisa que estão falando. Quando eu percebo uns quilinhos a mais em meu corpo, através das fotos que me mostram, é porque eu estou com alguns quilinhos a mais. Não tem jeito de engordar fotos... nem de emagrecê-las, infelizmente. (rs)
Acredito que se nos preocuparmos, um pouco mais, com o tipo de “espelho” no qual estamos nos mirando, poderemos corrigir essas situações. Um bom “espelho” é aquele que reflete tudo que está na sua frente, exatamente como é. Somente assim poderemos provocar reações previstas pela nossa intenção. Pergunto-me, às vezes:

- Será que meu espelho é um bom espelho ou um espelho transpassante?!




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